O inverno nos convida ao recolhimento e à introspecção, a acender nossa fogueira interna e iluminar nossas vidas, reconhecendo o belo que existe em nós. As Festas Juninas, com suas fogueiras, danças e alimentos típicos, trazem o fogo como energia de renovação.
Uma das celebrações mais significativas deste período é o dia de São João, celebrado em 24 de junho. João Batista nasceu exatamente 6 meses antes de Jesus. João era vinculado à sabedoria antiga, filho único, nasceu de pais velhos e sábios. Seu nascimento foi anunciado pelo Arcanjo gabriel revelando o milagre da concepção de pais tardios. No ventre de sua mãe já revelou sua santidade, ao estremecer quando Maria veio lhe visitar trazendo Jesus no ventre. Nesta visita a Isabel, Maria perguntou-lhe como iria saber do nascimento de João. Isabel falou que iria plantar na montanha um mastro e acender uma fogueira, formas que celebramos a festa de João.
A missão de João era promover o desenvolvimento dos indivíduos e anunciar o novo caminho que prepara para um renascer espiritual com a chegada do Cristo. Da mesma forma, o espírito de João abre o caminho para que o novo cresça em nós. Metade do ano já se passou e este balanço do que fizemos até agora, em comparação com nossas metas para o ano, se faz necessário. É um tempo de ajuste e uma oportunidade para jogarmos os galhos secos na fogueira, ou seja, um momento de auto-encontro e renovação. O fogo gera transformação e purificação. As bandeirinhas, as danças e a música promovem encontros.
Seja em Festas Juninas populares ou na Antroposofia, este período é marcado pela introspecção e busca da nossa luz interior, temas profundamente refletidos nas tradições Waldorf. As festividades de São João nos convidam a reconectarmos com a natureza e com as forças espirituais.
Que neste dia de São João possamos nos reconectar com nossa essência e encontrar inspiração para vivermos com mais luz e consciência!