Jogos Olímpicos. A compaixão, muitas vezes confundida com a empatia, vai além: enquanto a empatia trata da identificação com os sentimentos do próximo, a compaixão nos motiva a nos colocarmos no lugar do outro, compreendendo suas dores, vivências e limitações.
O mês de agosto destacado como Olimpíadas, que trouxeram à tona casos em que a emoção brilhou como protagonista. Diversos episódios durante os jogos na França emocionaram os espectadores e, além disso, nos fizeram refletir sobre o que temos de mais relevantes.
Jogos Olímpicos
Na Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos surgiram como uma homenagem a Zeus, rei dos deuses na mitologia grega. Mais que uma celebração, representavam um momento de grande comoção em todo o território, pois garantiram a trégua nas guerras e conflitos durante o evento sagrado. Além disso, os campeões foram celebrados com coroas de oliveira, símbolo de domínio moral e espiritual.
Em 2024, Paris tornou-se um cenário de atitudes de humildade e compaixão que tocaram tanto os espectadores quanto os próprios concorrentes. Por exemplo, na disputa pelas quartas de final do Handebol Feminino, Tamires Frossard, atleta brasileira, declarou o verdadeiro significado de fairplay – termo que representa jogo íntegro e justo – ao carregar Albertina Kassoma, jogadora angolana lesionada, para fora da quadra. Mesmo sendo rivais, Frossard priorizou a integridade física dos colegas acima da busca pela vitória.
Compaixão e Solidariedade
Outro momento marcante ocorreu no pódio da ginástica artística, onde Simone Biles e Jordan Chiles, ginastas americanas medalhistas de prata e bronze, prestaram uma bonita homenagem à brasileira Rebeca Andrade, campeã da modalidade. O gesto de reverência à dedicação e história do vencedor reforça valores de respeito e compaixão.
Esses atos de solidariedade e empatia, vistos ao longo dos Jogos Olímpicos de Paris, destacaram que a batalha pela medalha de ouro nem sempre é uma prioridade. Assim, momentos de companheirismo entre concorrentes nos convidam a refletir sobre o que realmente importa: a integridade, o respeito e a capacidade de nos conectarmos com o próximo.
Por fim, a compaixão e a solidariedade nos levam a valorizar o ouro que carregamos dentro de nós, estimulando o crescimento humano e pleno. O lema do Barão de Coubertin, que modernizou os jogos, permanece atual: “O importante não é vencer, mas competir, sobretudo, com dignidade”.
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